Desespero noturno
Atormentada pela noite escura
Caminhava contra o forte vento,
Não havia estrelas no firmamento
Para iluminar sua lágrima pura.
Ouvia-se o triste lamento
De alma sofrida que murmura,
De medo pela pisada dura
Do fantasma vil e agoirento.
As pálpebras estavam pesadas
De angústia, fechando-se cansadas
Apagando-se como luz tremente,
E ali no chão frio abraçadas
Ela e sua alma maltratadas
Morreram de solidão lentamente.