Vivendo na cegueira do vírus

Sigo as passadas da escrita,

esqueço às vezes por onde devo andar,

lembro onde ouvi uma palavra,

vesgo na história, volto a procurar,

só encontro gratidão,

a dúvida me leva para onde saí,

volto de cabelos brancos,

ainda procurando a sorte

o tempo como companheiro

o medo de entrar na concentração

prevendo maceração

o convívio colocado em dúvida

esquecendo para onde ir

lembrando o sopro da vida ao nascer

querendo viver e nunca morrer

quantos rosários teremos que rezar?

Tantos pedidos hão de fazer

esperando não sofrer

na ciência acreditar

charlatões plantonistas querendo ensinar

em troca, a promessa remunerada

clientelismo vigiado

com repúdios encarcerados

a crença da cura revigorada dentro de cada lar.

Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 12/05/2021
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