Inquietude da alma
Inquietude da alma
Vou falar das sombras frias, da alma inquieta numa gélida noite invernal.
Falar-te-ei das minhas dores caladas nos subterfúgios de minha existência.
Creio na renúncia do belo, ao viver no escuro que paira nos céus que enxergo.
Não sei mais traduzir minhas aflições que navegam sem rumo.
Quero fugir de tudo que me sufoca, mas a teima em ficar é maior.
Vou subir a montanha mais alta, para encontrar meu canto de paz.
Vou gritar minha liberdade deixando as amarras da vida a morrer sem piedade.
Vou olhar novos céus, para poder sentir que a vida voltou.
Serenar a mente, na página a escrever nova história, sem medo de se perder nos labirintos existenciais.
Vou caminhar na minha simplicidade, para poder sentir a riqueza de ser.
Brindar o amor, pedir o perdão, viver sem a dor de perder.
Carmen Haddad
Rio de Janeiro RJ