Condenada por não amar
De onde vem essa agonia?
A dor que do meu peito clama,
como lava ardente que devora,
devastando tudo pela frente.
Um dia lindo, como tormento. Sem igual!
A aurora infeliz, não deixou de se vingar.
Só! Estou só! Mais uma vez,
erros imperdoáveis foram cometidos.
E permanecem, como carrascos,
não deixam a imagem no espelho,
O sorriso sempre cobra, um amor
que não fui capaz de corresponder.
De onde vem essa culpa por não amar?
Por que não posso simplemente ignorar?
Ignorar? Será? O que fazer?
desistir? Desistir de que?
Do amor? Do querer?
Não. Desisto de entender.
E procuro a ignorância, total felicidade.