Gasta-se o tempo e não a vida

Gasta-se o tempo e não a vida.’

Juntos tivemos partilha, vida, sonhos, vitórias… bons tempos.

Recordo a tua pele na minha pele, o teu sexo no meu sexo …

Parece que ainda sinto a intensidade dos nossos orgasmos e o êxtase dos nossos sentidos.

Sem limites dediquei-te toda a minha vida, toda a minha essência.

Vivi para os nossos encontros, para a intensidade dos nossos sentidos.

Nos teus braços esqueci-me de mim … eu não era nada sem ti.

No meio de muitas desculpas, disseste que o nosso tempo se gastou.

Não entendo como se pode gastar o tempo, o meu não se gasta.

Partiste … eu fiquei. Contigo levas-te o nosso tempo e, pensava eu, a minha vida.

Chorei a perca, chorei o abandono, chorei o desamor … chorei o nosso tempo.

Chorei até se me acabarem as lágrimas, e mesmo assim continuei chorando.

Continuo a amar-te mas, finalmente, revivi. Gastou-se o nosso tempo, não a minha vida.

Agora vou viver, talvez encontre outro grande amor… se não encontrar não importa…

Hoje o tempo é meu, finalmente recuperei-o. A minha vida, o meu tempo, já não és tu.

Hoje vou sair e divertir-me, flirtar, rir, amar, sentir o cheiro do mundo,

Escutar os sons da natureza, desfrutar do barulho do silêncio … viver o meu tempo.

Hoje vou obter o orgasmo dos meus sentidos e o êxtase da minha vida.

Hoje vivo o meu tempo, intensa e apaixonadamente. Não tenciono gastá-lo.

Caso se gaste o tempo não vou deixar que se gaste a vida. Vou continuar a viver, a sonhar e a amar.

Vou, eternamente, ser feliz e o tempo será só meu.

Fortunata Fialho
Enviado por Fortunata Fialho em 14/05/2021
Código do texto: T7255679
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.