Carta a Chico Science
Queria dizer a tu, meu amigo Chico
Que os amargos ventos previstos
Ja tendo outrora, sido vividos
Em peles de outros Franciscos
Voltaram a nos soprar
A ciência que tanto te guiou
Em delírios ficcionais
Respira esse ar de amargor
Que ameaça nossos sinais vitais
Entenda meu nobre poeta
De patas “atesouradas”
Perderam o controle na reta
Capotaram no meio da estrada
E sabe de outra coisa?
O medo ganhou tantas casas
E o povo vai perdendo força
E quando da fé, se acovarda
Mas a de surgir nova aurora
E a boiada penso, vai despertar
Advindo com vestes de outrora
Vosso berro ainda a de reinar"