Pétalas mortas

retirei minhas mãos de sobre o peito

nelas havia pétalas mortas

carmim mortificado em pétreo leito

que escorreram por entre brancos dedos

sem que o rosto esboçasse qualquer expressão

de desejo em tê-las perfeitas...

pergunto-me

em que curva da estrada da vida

arruinou-se o anseio da existência

perscruto meu próprio entendimento

do intenso sorriso

daquela verdade que pulsa

em saber-se feliz

como quando era criança

e todas as flores

eram belas e perfeitas...

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 06/11/2007
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