Ampulheta sem tampa

Dedicado ao romance Capitães de Areia, de Jorge Amado

Vejo os meninos sem as suas vestes

Correndo os becos da velha Bahia

Amando a vida, idolatrando a boemia

E os meninos, os filhos D´Oxum

Capitaneando a areia

Como se desejassem guiar a vida

Vejo os meninos de papo pro ar

Tendo as estrelas como cobertor

A cidade de Salvador, a mãe morta

Vejo os meninos sem a moral instituída

Suas revoltas

Sonhos reformados

Órfãos: os capitães, a velha Bahia.

Deijair Miranda
Enviado por Deijair Miranda em 17/11/2005
Código do texto: T72610