Você é minha

Quando puder eu faço

algum tipo de mandinga

para quebrantar seu coracao.

Uma esparrela de laco,

um mundeu de bracatinga,

ou uma simples benzecao.

Te prendo numa chave de braço,

nos versos de uma cantiga

ou num unguento de basílicao .

Tu és minha, eu acho,

o orvalho que respinga

feito lágrima, nessa minha presunção.

Para encerrar, vou ver se encaixo

nesses versos uma partitura, ainda,

que esse poema vire uma cancao.

Esses versos eu mesmo traço,

eu só não quero é morrer a mingua,

jogado `as traças, na solidão.

Flavio Jose Pereira
Enviado por Flavio Jose Pereira em 21/05/2021
Código do texto: T7261105
Classificação de conteúdo: seguro