Retirante
Bem ao longe vejo a serra
É miúda de distância
Ao passado muita espera
Neste tempo de errância
Do meu peito em choro e guerra
Mas o errante um dia cansa
Lá distante vejo um velho
Sei quem é e me apresso
No seu olho o amar sério
De mais distância me despeço
Vai nascendo mais mistério
Do sempre andar pro lugar verso
Águas, aves, plantas, frutas
Inda presentes cá estão
E o coração mulher escuta
De novo a voz do filho joão
Que mar de hãs, rosas e lutas!
Que sem fim o caminhar ser tão!