O cotidiano
(Só) eu poderia morrer
Com um gosto de chocolate na boca
Na cama imagino penhascos
Dos meus passos atravessando invisível perigo
Seu rosto antigo imemorável
Me fascina
Como todos os afazeres domésticos
De quem já não tem esperança
Minhas mãos sonham com tua pele
E tenho medo
Já que o invisível ainda persiste
Em zombar daqueles passos de outrora.