O cotidiano

(Só) eu poderia morrer

Com um gosto de chocolate na boca

Na cama imagino penhascos

Dos meus passos atravessando invisível perigo

Seu rosto antigo imemorável

Me fascina

Como todos os afazeres domésticos

De quem já não tem esperança

Minhas mãos sonham com tua pele

E tenho medo

Já que o invisível ainda persiste

Em zombar daqueles passos de outrora.

HenriqueSouza
Enviado por HenriqueSouza em 25/05/2021
Código do texto: T7263787
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