Amor não se confunde
Lembro de cada palavra,
Sempre que me pede o peito;
De cada desencontro em desdizer.
Lembro de adoecer em dor
Como que o coração parando,
O ar faltando... um esmagamento;
Sensação de ponto seco;
Norte desaparecido em rota.
Lembro de tentar, ilogicamente;
De ser apenas eu e eu.
Ora, como se amor fosse de um.
Lembro de me assistir em pranto,
De voltar atrás e de ser cega;
De parar, de não mais insistir;
De desistir de uma corrente
Estando no meio de um rio.
Lembro de me segurar em mim,
E de como me revivi.
Segundo após segundo,
Tempo após tempo.
Lembro de não esquecer de nada.
E de ser, continuamente,
Produto de meu renascimento.