Nau à Deriva

Eu, nau à deriva

Em busca de porto seguro.

Singro mares revoltos.

Flutuo.. refuto e me deixo levar.

Em tempos de tormentas,

Lanço ao léu mensagens em garrafas

Hermeticamente fechadas.

Tentando estabelecer comunicação.

Não obtenho resposta. Tudo em vão!

Também já mandei e-mail,

Resposta, porém, não veio.

O meu desejo é que viajes comigo até o fim.

Fim do horizonte, aonde desejo chegar.

E curtir os derradeiros fachos da luz do dia.

É preciso deixar que as horas nos esqueçam.

Que nossos olhos estacionem

Deixando a brisa que vem,

Trazendo sons que nos enganem.

Imaginando ausências grandes e pequenas

Na tentativa de trazer ao presente

Um tempo que nem mais existe,

Em luta para manter os momentos felizes,

Os filhos que tivemos, as pessoas que amamos.

Deixar que dentro de nós os sonhos se organizem,

Para podermos enxergar as saídas mais bonitas,

E alcançarmos as portas mais abertas para os sonhos

Que um dia nós, talvez timidamente, sonhamos.

Transpondo os pontos limítrofes das ansiedades veladas.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 07/11/2007
Reeditado em 25/11/2007
Código do texto: T726559
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