PERDÃO AOS POETAS

Os olhos

do poeta

devem ser perdoados,

pois miram

muitas direções,

mas nem sempre

enxergam

sob a mesma

óptica de quem

os vê.

Se os olhos

brilham

pode não ser

próprio esse brilhar;

talvez venha

da lua,

de outro astro,

outro lugar.

E se as lágrimas

escorrem

pode ser

um sentimento

inesperado,

água do mar,

de um rio,

sabe-se lá.

Se numa

avenida do olhar

o poeta

se perde

é porque não

soube que

caminho percorrer;

perdeu-se nas

opções de veredas

que o universo,

para ele sem perdas,

pôde oferecer.

ago/2001

Sylvio Mauler
Enviado por Sylvio Mauler em 31/05/2021
Código do texto: T7268294
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