Corpo caido

É noite e meu corpo vagueia

Como um cão vadio sem canto e sem casa

Vem uma mariposa alheia

E repousa meus ais sob suas asas

A lua de longe observa

Os meus passos tortos cortando o silêncio

Da vida que ora me leva

Sem obedecer o que eu sinto ou penso

E o bicho que quer me pegar

Espreita paciente quando vou dormir

Medonho ele assusta o luar

E uma estrela medrosa que vem me cobrir

Repouso então os meus ais

Junto aos animais e fazemos preces

E ao dormir o medo se desfaz

E meus conflitos em paz uma vez mais...adormece

“aos que padecem na inquietação

entre a loucura e a razão

do imponderável juízo”

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 07/11/2007
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