Turbulência

enquanto esperava sentado

num banco de jardim que rangia

e pelos afectos do homem levado

pelo cego que o aclamava e seguia

esperava pela noite para partir

num voo de consequências infames

a partida num grão de porvir

na mera escuridão que sempre temes

enquanto esperava fechado

num banco de jardim que rangia

os afectos esvoaçavam num estrado

onde um corpo inerte jazia

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 04/06/2021
Código do texto: T7271507
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