tédio...
O tédio personifica-se no horizonte próximo
Demasiado próximo
Tão próximo que lhe sinto a respiração
A radiação que exala
Tento-o destruir com a força do meu olhar
Mas apenas consigo fortalece-lo ainda mais
Não aguento mais…
Vou sucumbir…
Ligo a bomba relógio e preparo-me para o fim
Já está…
Já oiço o tic tac hipnótico
Morrerei mas não me importa
Entre o tédio e a morte, venha esta
Esboço as últimas rezas que invento num esforço
Peço perdão a um deus que invento
Pela blasfémia que em consciência cometi
Mas já não vale a pena…
Não há misericórdia que baste
Respiro fundo, e preparo-me para o epílogo
Está quase…
Vai acontecer a qualquer momento
A qualquer momento
A qualquer momento
A qualquer mo