A alma sara
As lógicas tão singelas,
Os arpejos e escalas,
Os trinados e harmônicos,
Em funções e desencontros.
E a simetria entre elas,
Assim como paralelas,
Ou até mesmo sobrepostas,
Tendo-se as notas;
Com interferência construtiva,
Também é intuitiva,
Pois é inerente a nós,
Homens em ondas, nos nós;
Pois a poesia é vida,
Fazer arte, vida,
E não nos diga mais nada,
O que é nos agrada,
O que não é, é lixo,
Então nos poupe do seu nicho,
E nos deixe na seara,
Dos que no pouco muito dizem, e a alma, sara.