Façanhas

na voragem do sentido perdido

encostamos a vida ao anjo da guarda

ao desejo de encontro, de dia urdido

em teias de aranha velha que aguarda

pelo encosto sem façanha que agoira

terminar a viagem brusca da fantasia

num passeio de passos áridos em que a lira

é o único alento de vida em heresia

na voragem da façanha perdida

encostamos o anjo da guarda à alma perdida

ao desejo de urdir uma vitória desmedida

que faça fugir a aranha desta vida

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 29/06/2021
Código do texto: T7289442
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