Comover
desfrutar do silêncio em doses absurdas
numa melodia sem tino a voar nos crentes
despidos de preconceitos, absurdas modas
de comover o próximo crente a voar
toma apenas o próximo corcel alado
num desejo a rondar a comoção labial
das palavras que sempre caem bem ao enviado
que obtura as almas para satisfazer a corja do banal
desfrutar dos que nada têm para oferecer
uns troços de seriedade sem conteúdo
nem Deus para sublimar, anjos para proteger
um pecado mortal que nunca saúdo