Comover

desfrutar do silêncio em doses absurdas

numa melodia sem tino a voar nos crentes

despidos de preconceitos, absurdas modas

de comover o próximo crente a voar

toma apenas o próximo corcel alado

num desejo a rondar a comoção labial

das palavras que sempre caem bem ao enviado

que obtura as almas para satisfazer a corja do banal

desfrutar dos que nada têm para oferecer

uns troços de seriedade sem conteúdo

nem Deus para sublimar, anjos para proteger

um pecado mortal que nunca saúdo

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 02/07/2021
Código do texto: T7291436
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