Saltimbanco
um momento para anunciar algo que não pensas
folhas inteiras de poemas sem a voragem dos dias
dos pesadelos que voam entre o sentido e as ofensas
do que poderiam ter feito, com coerência como cópias
de um passado sem alarido constante de gritos
onde voam na desfaçatez de nada acertarem
dos gregos e dos troianos em óbitos
que serão anunciados se nada amarem
e mesmo de noite nos sonhos violentos
das promessas quebradas do jogo de cintura
com que vivem inquietos os isentos
de vida e de calor humano, sem aura