Saltimbanco

um momento para anunciar algo que não pensas

folhas inteiras de poemas sem a voragem dos dias

dos pesadelos que voam entre o sentido e as ofensas

do que poderiam ter feito, com coerência como cópias

de um passado sem alarido constante de gritos

onde voam na desfaçatez de nada acertarem

dos gregos e dos troianos em óbitos

que serão anunciados se nada amarem

e mesmo de noite nos sonhos violentos

das promessas quebradas do jogo de cintura

com que vivem inquietos os isentos

de vida e de calor humano, sem aura

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 03/07/2021
Código do texto: T7292065
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