ENGENHEIRO DE CAUSAS DE CALOR

Eu engenheiro de causas de calor

Chuva de fogo inflada

Chama viva acalantada

Agrada o inverso.

Eu poeta das sensações inauditas

Tudo infla e arde

Deleite de luz

Dos meus olhos.

Eu cavaleiro errante de afinidades eletivas

Brisa gentil no corpo

Inflama o coração

Anelo o vento.

Eu arqueólogo da alma de causas e sabores

Escutador das horas do cio

Intimo o inefável

Escultor do vazio produtivo.

Sou a pulsão da primavera no orgasmo do sonho

A transgressão da aspereza da inação

Arqueador de loucuras permitidas

Entre os arcanos semiescondidos da razão.

De Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 04/07/2021
Reeditado em 11/07/2021
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