Ponto de não retorno
naquelas noites frias
rins gelados e dores na alma
um ponto de não retorno e azias
para consolar o desejo e a calma
que abrandava os ímpetos
o coração desavindo com a vida
amor próprio sem guetos
demónios sem Deus para a lida
dos que pisavam sem dó, piedade ausente
sem tocar no mundo em que nem vivia
sem encontrar um pequeno indício do presente
que mais tarde se circunscrevia