Outono

Sopram os ventos dos dias de outono,

Levando embora as chuvas de verão;

As manhãs estão um pouco mais frias,

As folhas já se espalham pelo chão.

Além do horizonte não consigo enxergar,

A luz do sol poente ofuscou o meu olhar

mas teu amor ainda me aquece o coração.

Aos poucos os dias ficam mais curtos

E as noites, percebemos alongar.

São tantas coisas entre equinócios e solstícios,

Na gradativa redução da luz solar;

Mas tua luz, meu coração, sempre ilumina,

Tu és amor, tu és mulher, minha menina

E em teu abraço encontro o meu lugar.

Sopram os ventos dos dias de outono,

Levando os sonhos de uma noite de verão.

Mas o vento que leva é o mesmo que nos traz,

Novos sonhos, novos planos, uma nova direção;

E na esfera envolvente deste clima

Somos poesia, somos palavras em rima.

Nos completamos, não importa a estação.