Num sonho perdido
avisto uma águia que se agiganta
sem que nos ocultemos num medo infame
que nos impeça a negação da forma que se levanta
para nos enganarmos na realidade do vexame
num sonho perdido de vida cingida
ao negro ciúme que tudo devolve
às prepotências da ausência de Deus e da vida
que ansiamos no presente que nos envolve
avisto a semente que do coração se ausenta
sem que suguemos o tutano da vida em festa
amotino as fantasias do sonho que atormenta
numa sofreguidão finita que por fim me arresta