Num sonho perdido

avisto uma águia que se agiganta

sem que nos ocultemos num medo infame

que nos impeça a negação da forma que se levanta

para nos enganarmos na realidade do vexame

num sonho perdido de vida cingida

ao negro ciúme que tudo devolve

às prepotências da ausência de Deus e da vida

que ansiamos no presente que nos envolve

avisto a semente que do coração se ausenta

sem que suguemos o tutano da vida em festa

amotino as fantasias do sonho que atormenta

numa sofreguidão finita que por fim me arresta

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 07/07/2021
Código do texto: T7294780
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