AURORA DE SANGUE

Aurora de sangue,

De garras e dardos

Solares, a hora

Prenhe de seu grito,

Nua nas colinas

Dos silêncios lidos,

Fuga acometida

De loucura e dor.

Semblante do eterno,

Brevíssima chama

Perplexa, agonias

Na tez desse céu.

Vamos conduzidos

Por seu carro exato

Como luz ferindo

Nossa espera em crises,

Reticentes vultos,

Sombras do que fomos

Sem certeza à destra

Pelo quanto resta,

Véspera de vermes

Avessos ao dia,

Claudicantes tolos

No limiar do nada.

Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 10/07/2021
Código do texto: T7296601
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