O último dia da minha vida

colhi o que semeei

nem sei onde parar

de contar aquilo que deixei

num meio de cruzes a voar

o último dia da minha vida

seria um bocejo de nada

nem especial para a ferida

que não ia sarar na almofada

colhi o leito mortal

para sobreviver à desdita

posição fetal

numa cruzada bendita

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 16/07/2021
Código do texto: T7300908
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.