Até ao fim

podia ser menos vulgar

arrumar as questões do amor

noutro mundo sem tocar

nas profundas dores do valor

que damos ao que levamos

até ao fim da existência

das promessas que continuamos

a querer inventar para a fluência

do discurso fátuo que engolimos

para nos sentirmos bem

nos restos da estrada em que fugimos

dos vulgares que não assomem

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 17/07/2021
Código do texto: T7301570
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