Até ao fim
podia ser menos vulgar
arrumar as questões do amor
noutro mundo sem tocar
nas profundas dores do valor
que damos ao que levamos
até ao fim da existência
das promessas que continuamos
a querer inventar para a fluência
do discurso fátuo que engolimos
para nos sentirmos bem
nos restos da estrada em que fugimos
dos vulgares que não assomem