O abraço da morte
E foi assim como numa pancada
Que desmoronou o meu mundo,
Tudo o que fiz em um segundo
Foi por terra virando nada.
E vi a vida ser desaproveitada
No que há de mais profundo,
Pelo enorme sofrimento oriundo
Do desespero d'alma abandonada.
E a dor do não ser que se realiza
Entre o peito e o coracao, na divisa
Onde morre o amor que não virou desejo,
E neste ser inerte já transformado
Quero apenas que me deixem aqui jogado
Pois a chama em mim sequer foi lampejo.