O Mártir

Em uma noite fria

Senti no tosto uma gota de orvalho.

Correu gelando minha seca face,

E pela imensidão de meu rosto

Perdeu-se, sem saber para onde ia.

Em um cume nebuloso

Ouvi um grito desesperado.

Pedindo ajuda,

Sem saber para quem,

Sem saber porque.

Na morada dos deuses,

Meu nome nem sei,

Seria Hércules, Aquiles,

Ainda a pouco era apenas uma estrela,

Uma imensa tocha antes do mergulho.

A lua cheia e todo o céu nervoso,

Agora vem à tona sua ira,

E todas as formas da natureza,

Mostravam a grandeza do ser.

O “Homem”.

No momento em que a lua ia se elevando,

E em que o pranto formava a imagem do homem,

E você deseja saber se há algo que possa acalma-lo outra vez.

Agora vem à tona sua ira...

O “Homem”.

E o grito se cala,

Parece que como na vida real,

Tudo se encaixa,

Para formar o mais perfeito destino.

Tudo cessou.

Nem um grito mais se ouve.

O mártir se foi,

Ficando apenas o teu nome:

“JESUS CRISTO”.

Euzebio Alves
Enviado por Euzebio Alves em 18/11/2005
Reeditado em 26/08/2007
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