UMA ESPERA DE CADA VEZ

Visto-me com o sal das lágrimas

da espera infinda

no figurino que tua partida me deixaste,

mas me alimento com a perseverança do esperar,

com o mesmo tempero

do sal das espumas do mar.

Se me visto de angústia,

visito-me da esperança

que a espera infinda

se torne

a espera em vindas

e idas das ondas

com o sal do

regresso do amanhã,

como o fluxo e o refluxo

do sofrer e do sonhar:

ora a dor, o calvário

ora o amor, refratário,

represado,

reprimido,

mas jamais derrotado.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 06/08/2021
Código do texto: T7314853
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.