Beleza (bem)dita

Na cavidade entorpecente

o prazer latente

do símbolo obsceno

que a(s)cende

o desejo

És do poeta

instrumento vertente

Jorra de teu vértice

os versos indolentes

blasfemos e insanos

santos e profanos

Sibilo das dores

dos ais e lamentos

gemidos de prazer

uivos de sofrimento

e palavras de alento

Dragão feroz

com língua de fogo

queima a alma

faz arder o corpo

Boca do inferno, boca maldita

és o prazer do ósculo, da maledicência

és o prazer carnal, canto celestial

És a beleza

beleza (bem)dita!

Monica San
Enviado por Monica San em 10/11/2007
Código do texto: T731552
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