MIRAGEM
Não queira meu amor
Ele é areia quente sob passos frágeis
É corcel selvagem sobre trotes ágeis
É engrenagem que trava e acelera o mundo
Não queira esse vácuo, que desconserta tudo
Não queira meu amor
Ele é violência e fraqueza extrema
É lucidez autêntica, insanidade e demência
É onda que avança e adormece no mar
Não queira viver o que só se pode sonhar
Não queira meu amor
Ele serpenteia de azul todo o meu nada
É o vermelho que salta das veias da página
É minha entrada secreta para fugir da razão
Não queira essa flor incerta germinada no deserto do coração.
Não queira meu amor
Ele é areia quente sob passos frágeis
É corcel selvagem sobre trotes ágeis
É engrenagem que trava e acelera o mundo
Não queira esse vácuo, que desconserta tudo
Não queira meu amor
Ele é violência e fraqueza extrema
É lucidez autêntica, insanidade e demência
É onda que avança e adormece no mar
Não queira viver o que só se pode sonhar
Não queira meu amor
Ele serpenteia de azul todo o meu nada
É o vermelho que salta das veias da página
É minha entrada secreta para fugir da razão
Não queira essa flor incerta germinada no deserto do coração.