O Último Voo

Olhares graves, greves e gritos...

Desertos Secos secam sem ecos...

A dor, dormindo em ciclos completos,

Desperta os Males mal escondidos...

Sem asas, Grotas grunham conflitos...

Humanos vivos vivem Bonecos...

O caos do Vento arrasta dejetos

De asseclas rotos — rasos bandidos...

Assim o mundo vê a Batalha

E toda luta erguida que surge

Nos olhos lisos, mortos, confusos...

Chorando vagos pela Sanção...

E a Vida, ainda viva qual palha

Que o vento leva ao canto que urge,

Se espalha, mundo afora, nos fusos

Enquanto cai, ao léu, do avião.

Gustavo Valério Ferreira
Enviado por Gustavo Valério Ferreira em 21/08/2021
Reeditado em 21/08/2021
Código do texto: T7325502
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