O homem

O homem

Dos caminhos serenos secretos,

põe-se o homem em vis lampejos.

Nos terrenos que se faz desertos,

seus filhos, nas sombras, os medos.

Em postiças palavras enganam,

os amores, não mais os clareiam...

De pedras escritas emanam

“Os homens colhem o que semeiam”

Que o fio de minha adaga lateje,

ao sangrar com sede o irmão.

O poder me lira e entorpece,

a que ponto chega minhas mãos.

Que as mortes jamais entendam,

meu desejo sedento do olhar.

Sou o homem, o rei das bestas.

Faço nascer, faço matar...

Camper
Enviado por Camper em 18/11/2005
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T73262