O gozo do 'não' repousa no 'nada'

Eu realmente não sei

O que me consome,

Destronada está

A razão simétrica

Ou geométrica;

O que sinto? Sentir? Afeto?

Que afecção, destruído?

Não, não há ser,

Mas estou certo de que é verossímil;

Torno-me o que deveria-se,

Vir-a-ser?

Não, o vitalismo poético é lembrança

De uma razão agora insuficiente,

Pois vontade defeituosa;

Jaz sensação, que é viés.

Mas na exaustão levando-me a combustão,

Meu ser recôndito às voltas volta a ser

Algo novo (transmutação).

Oaj Oluap
Enviado por Oaj Oluap em 22/08/2021
Reeditado em 22/08/2021
Código do texto: T7326313
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