CONTORÇÕES DE EROS AO REDOR DE PSIQUÊ

Ora Psiquê que me persegue

Como outrora um cavalo foi alado

Ora o deliro insistente

Não abandona em mim o pecado!

Não me deixa viver a euforia

Belos berros nos ecos fundos

Transfigura em mim o perfume

No anseio da flor que nasce impune.

Condena o lume mais que a escuridão

Atordoa a luz meu ser difuso

Meu ego insistente, confuso

Mira-se em espelho de fumaça.

Mesmo que seja a senha trapaça

Atravesso espessa névoa do outro

E trafego inteiro para o lago

Ninguém me segue, nem eu...

Tudo é mudança, é renovação

No centro vazio de nova gente

Preencho como boneco de pano

Recheio humano na pessoa inerte...

Confesso que faço ser tudo igual

Cadeia de reações e conquistas

Se me canso mudo a pista, viro a vista

Eros cego ruma nova direção.

betina moraes
Enviado por betina moraes em 11/11/2007
Código do texto: T732734
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