CONTORÇÕES DE EROS AO REDOR DE PSIQUÊ
Ora Psiquê que me persegue
Como outrora um cavalo foi alado
Ora o deliro insistente
Não abandona em mim o pecado!
Não me deixa viver a euforia
Belos berros nos ecos fundos
Transfigura em mim o perfume
No anseio da flor que nasce impune.
Condena o lume mais que a escuridão
Atordoa a luz meu ser difuso
Meu ego insistente, confuso
Mira-se em espelho de fumaça.
Mesmo que seja a senha trapaça
Atravesso espessa névoa do outro
E trafego inteiro para o lago
Ninguém me segue, nem eu...
Tudo é mudança, é renovação
No centro vazio de nova gente
Preencho como boneco de pano
Recheio humano na pessoa inerte...
Confesso que faço ser tudo igual
Cadeia de reações e conquistas
Se me canso mudo a pista, viro a vista
Eros cego ruma nova direção.