refém
Estirada no sofá, ela olhava para o teto, sem ver nada.
Ficou ali horas a fio.
Três crianças correndo de um lado para o outro, gritavam e por vezes choravam.
No entanto ela continuava perseguindo as palavras que vinham e desapareciam de sua mente.
Não tinham conotação de presente, passado ou futuro.
Apenas o desejo de não estar ali.
Sentindo que era refém da responsabilidade que criara e do amor que idealizara.
Era doloroso que cada atitude que pensava em tomar teria que obrigatoriamente se igualar com a dele.
Caso contrário não havia argumentos que validasse suas palavras.
Acordou do devaneio quarenta anos depois.
Percebeu que as crianças já não se encontravam ali.
E que o teto descascou formando uma mancha preta.
Focando seu olhar na mancha encontrou as palavras que desaparecera.
Estavam ali esperando-a tomar uma atitude.
Porém tinham apenas conotação de passado!
Estirada no sofá, ela olhava para o teto, sem ver nada.
Ficou ali horas a fio.
Três crianças correndo de um lado para o outro, gritavam e por vezes choravam.
No entanto ela continuava perseguindo as palavras que vinham e desapareciam de sua mente.
Não tinham conotação de presente, passado ou futuro.
Apenas o desejo de não estar ali.
Sentindo que era refém da responsabilidade que criara e do amor que idealizara.
Era doloroso que cada atitude que pensava em tomar teria que obrigatoriamente se igualar com a dele.
Caso contrário não havia argumentos que validasse suas palavras.
Acordou do devaneio quarenta anos depois.
Percebeu que as crianças já não se encontravam ali.
E que o teto descascou formando uma mancha preta.
Focando seu olhar na mancha encontrou as palavras que desaparecera.
Estavam ali esperando-a tomar uma atitude.
Porém tinham apenas conotação de passado!