Nevoeiro
Foi assim que o nevoeiro chegou ...
na infância tudo incerto, porém regido pelo medo e obediência
Brincadeiras, travessuras ...
com o olhar na vara de marmelo no canto da cozinha ...
Revestido de preconceito
Em cada esquina uma igrejinha
Na minha época chamavam-me de mocinha
Uma adolescente sem eira nem beira
Onde camisinha era apenas um diminutivo
A margem de um precipício
Íntima como mulher me fez mãe
Rebentos como sacramentos
De fidelidade com rara felicidade
Gerando células-mãe recorrendo
Mães-bentas que dançam na chuva
Com marido vivo vivem como viúvas
Assim o nevoeiro denso sobre cai
Em forma de fios prateados
Que do resto faz-se ossos do ofício
Um paraíso dentro do hospício
Com o custo benefício feito vício
Numa fuga à francesa perfumada de flores
Que em vida nunca as recebera
Com que rijeza o nó da madeira acolhe
A frustração dos desejos no apito final
Foi assim que o nevoeiro chegou ...
na infância tudo incerto, porém regido pelo medo e obediência
Brincadeiras, travessuras ...
com o olhar na vara de marmelo no canto da cozinha ...
Revestido de preconceito
Em cada esquina uma igrejinha
Na minha época chamavam-me de mocinha
Uma adolescente sem eira nem beira
Onde camisinha era apenas um diminutivo
A margem de um precipício
Íntima como mulher me fez mãe
Rebentos como sacramentos
De fidelidade com rara felicidade
Gerando células-mãe recorrendo
Mães-bentas que dançam na chuva
Com marido vivo vivem como viúvas
Assim o nevoeiro denso sobre cai
Em forma de fios prateados
Que do resto faz-se ossos do ofício
Um paraíso dentro do hospício
Com o custo benefício feito vício
Numa fuga à francesa perfumada de flores
Que em vida nunca as recebera
Com que rijeza o nó da madeira acolhe
A frustração dos desejos no apito final