[RI]SONHA

Ao adentrar o cômodo de sua intimidade

Destilei sensações inebriantes de aconchego

Cheguei em seu dorso imerso

Altaneiro de debutantes devaneios

Deslizei em sua dádiva sala

Sai só em nó de seu desconcerto

Escutei e lhe dei o que não dava

Sobre as divindades das beldades

Invocadas nas palavras acariciadas.

Ao adentrar os recantos de sua finitude

Senti o breu se desvanecer ao anoitecer os lampiões

Revesti e revi o revivido ávido de revelação

Revoei em folhas de fornalhas fincadas

Nas pequenas risadas invocadas de vontades

Imaculada alada de visões sonhadas

Renasci entre seu corpo de comunhão perene

Entre a relva retaliada de concessão amansada

Intocada nas tocas tomadas de seu casarão.

Ao sair de suas ruas escutei o esconderijo de seus arbustos

Seu busto largo no compasso efervescente divinal

Amanheci em conexão com suas estrelas reluzentes

Envolto de caminhos desalinhos em comboios

Nas mensagens das lembranças abraçadas

Imanentes condecoradas de risonhas salivadas

No envolver do ver envolto de vontades

Alimentadas ali onde o colo ata os artifícios

Dos ofícios oficializados dos órgãos de seu consentimento.

De Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 29/08/2021
Reeditado em 29/08/2021
Código do texto: T7330971
Classificação de conteúdo: seguro