Amor de criança
Meu País...meu País..
entre tanto outros no mundo..
a ti particularmente eu amo...
e quero que sejas feliz.
Amo-te talvez com ufanismo,
um amor de criança
esse mesmo amor dos bancos escolares
quando me unia a outras vozes
pra cantar tuas belezas...
Sem raciocinar, sem politizar...
amando de corpo, alma e coração...
enquanto aprendia a soletrar.
Naquele tempo, me lembro,
eu me sentia parte de ti
como se fosses um ser inatacável
e invencível.
E, assim quero sempre me sentir
porque, se for buscar motivos
haverei de encontrar muitos
para diluir esse amor no tempo
entre fatos, homens, tropeços,
inícios, finais e recomeços.
Assim como imagino,
continuas deitado em teu berço
esplêndido sim...deixa eu dizer,
embora críticas impiedosas
rejeitem essa imagem...
mas não me importo, insisto:
É nesse berço que repousas
de todas as fadigas...
é em teu solo que permites
semear meus sonhos.
Que outros te revolucionem,
golpes te ameacem
que procurem corromper-te
e abalar tua força...
Mas, hei de acariciar-te sempre
até que detenhas teu pranto.
Qual a razão? É porque...
ainda sou a mesma criança
que te ama tanto...