Sou um velho, que nada valho!

Creio que este apelo não se torna indiferente a quem o lê! Mas, os que dele fazem a sua leitura, tal como o velho que o escreveu, são impotentes para lembrar aos governantes a necessidade de evitar os gastos desnecessários e supérfluos em causas muito menos humanas e que de certo modo chegariam para minimizar o sofrimento e fome de quantos vivem por esse mundo abandonados à sua sorte, fugindo das guerras, dos maus tratos e da fome.

Aqui fica a minha solidariedade para com esse mundo! A eles dedico o poema! Sei que lhes não vai dar um lugar para viverem uma vida melhor, que não lhes irá matar a fome, mas poderão ficar a saber que o poeta sem nada valer está a seu lado.

Sou um velho, que nada valho!

Este é um mundo de indiferença.

Onde impera a desgraça e morte,

Que em cada um dia mais se adensa

Sem que haja motivos que nos convença,

De que cada qual fique à mercê da sua sorte!

Na comunicação social a imagem pura

Do que vigora por esse mundo fora,

É um Universo doente que perdura

Um mal a merecer censura,

E que todo o responsável ignora!

Sou um velho que nada valho

Vivo envolvido neste triste fado,

Em meu redor os sem abrigo sem agasalho

Homens e mulheres sem trabalho,

Assim viver torna-se um enfado!

Pouco ou nada esta gente conforta.

Doença e fome num mundo perverso,

Ajudar é letra desde há muito morta

Que vai batendo em cada porta,

Este o meu lamento que aqui verso!

Num poema humilde e discreto.

Aos governos do mundo se implora,

E se apela por mero afecto

Para quem dorme e vive em céu aberto,

Ajuda para quem precisa já e agora!

Casmil, 07.09.2021

CasMil
Enviado por CasMil em 07/09/2021
Reeditado em 08/09/2021
Código do texto: T7337335
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