UM FILHO TEU NÃO FOGE A LUTA.

Reverencio

teu nome

nesta quente

noite clara,

enquanto pássaros

habita os galhos,

a lua bebe água

no rio,

me sinto perdido

neste tempo,

de severas idiotices.

Reverencio teu nome,

suas cores originais,

teus relevos e planícies,

teus mares e manguezais,

teus rios caudalosos,

tuas riquezas colossais,

teu nome no meu sentido,

tuas belezas nas retinas,

teu grito por socorro

gritando no meu silêncio.

Pronuncio teu nome,

para as quatro paredes,

ouço o ressoar nos

meus ouvidos, as bocas

deste silêncio,

gritando intensamente,

salve-me da santa

ignorância,

que resvala em todo canto,

do

fundamentalismo sectário,

das bocas que se dizem

santas.

Grito teu nome

nesta longa noite quente,

meu grito ressoa

e me corta, como forte

dor de dente,

me sinto que está distante,

gritando na escuridão,

querendo que braços

a abracem,

e retirem seus grilhões.

Amar-te-ei como está,

com todos teus aranhões,

tua dor é minha dor,

teu grito, minha inspiração,

mas se precisar de mim,

para tua proteção,

conte com este filho,

que não ousa perder o brilho

da sua serenidade.

Tu não pode sucumbir

por esses gritos de bravatas.

Liberdade , liberdade,

mesmo que cause dores,

defendemos num poema,

a liberdade de nossos

irmãos.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 08/09/2021
Código do texto: T7338141
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