UM FILHO TEU NÃO FOGE A LUTA.
Reverencio
teu nome
nesta quente
noite clara,
enquanto pássaros
habita os galhos,
a lua bebe água
no rio,
me sinto perdido
neste tempo,
de severas idiotices.
Reverencio teu nome,
suas cores originais,
teus relevos e planícies,
teus mares e manguezais,
teus rios caudalosos,
tuas riquezas colossais,
teu nome no meu sentido,
tuas belezas nas retinas,
teu grito por socorro
gritando no meu silêncio.
Pronuncio teu nome,
para as quatro paredes,
ouço o ressoar nos
meus ouvidos, as bocas
deste silêncio,
gritando intensamente,
salve-me da santa
ignorância,
que resvala em todo canto,
do
fundamentalismo sectário,
das bocas que se dizem
santas.
Grito teu nome
nesta longa noite quente,
meu grito ressoa
e me corta, como forte
dor de dente,
me sinto que está distante,
gritando na escuridão,
querendo que braços
a abracem,
e retirem seus grilhões.
Amar-te-ei como está,
com todos teus aranhões,
tua dor é minha dor,
teu grito, minha inspiração,
mas se precisar de mim,
para tua proteção,
conte com este filho,
que não ousa perder o brilho
da sua serenidade.
Tu não pode sucumbir
por esses gritos de bravatas.
Liberdade , liberdade,
mesmo que cause dores,
defendemos num poema,
a liberdade de nossos
irmãos.