Beijo de cobra

Tuas presas solenóglifas

Aspergem ofídico veneno.

Buscam inocular-me dores

Ao suspiro, ao repente.

Mas a contrapeçonha

Está em não receber teu beijo

Teu ardente, sedutor...

Teu assassino ósculo quente.

Pois se não me engoles,

Por clemente,

Me envenenas

Porque és serpente.

Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 11/09/2021
Código do texto: T7340064
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