HOMEM ÍNFIMO.
Quem dera ser algo além
deste homem que tenta
expressar a vida.
Quem dera poder expressar
este homem ínfimo
que permeia as ruas desta
metrópole.
Como seria bom eu ser
um filósofo capaz de fazer
interrogações neste tempo vida.
quem dera poder entender
a pluralidade que habita
esse corpo carcomido.
Como queria saber desta
energia que me habita,
desta luta desmedida
das minhas células,
da harmonia dos meus órgãos
e meus sistemas,
dessa guerra cotidiana
que me coloca em condições
de tentar descrever as guerras
que me habitam.
Queria eu ter mais olhos
para enxergar a vida .
Mas o que é a vida ?
Senão um estado dinâmico.
Tudo está posto a mesa,
esse prato de duvidas
que me sufoca e me confunde.
o mundo está cheio de pontos
interrogativos e eu transito
nestas linhas tentando
acender algumas luzes
para remediar meus cantos
escuros.
Daqui parto em direção
do que não consigo palpar,
o que estará além,
quieto a nos esperar.
Este é o meu dilema,
tentar colocar num poema,
toda extensão deste mar...