A última poesia sobre nós

Na rua do seu trabalho

No horário que soltava

Um buquê enorme de flores

E uma carta de desculpas

Me fogem palavras

Que no seu rosto viram lágrimas

E em mim se transformam em espinhos

Que me agridem o corpo e alma

Diga que me odeia

Diga que fui uma farsa

Diga que se arrepende de ter me conhecido

Só diga...

Só não fique em silêncio

Isso me causa angústia

Tentamos fazer dar certo

Mas seres tão oposto não podem ocupar o mesmo espaço

Toda a ideia de opostos se atraírem

E uma farsa, semelhantes se atraiem

As vontades que você tem

Os sonhos e tudo mais

Vão ser concretizar com outro alguém

Estou partindo...

Essa é a última poesia sobre nós

Me disperso, mas lembrarei de todas as risadas que tivemos juntos

Todos os teus medo que acolhi

Bem, agora você é uma lembrança