NO CORRER DO RIO...
Palavras fogem
e se alojam na cavidade dos silêncios.
Minutos correm
e se eternizam no passado dos momentos.
Olhares...
fingem que não se viram,
ao cruzarem desatentos.
Desejos dormem nas madrugadas solitárias,
ao relento.
Olhe para frente!
Olhe para o Alto!
Olhe para dentro!
Estou no centro!
Veja esse claro!
olhe para a gente!
Acorde agora
que a cada hora a Vida pulsa na maré!
A Vida flui e nada deve.
O sangue é quente, o corpo ferve.
A Vida é breve e a alma é leve.
Que no fluir
o rio ao mar se entregue;
a água da vida nos regue,
o cio da Vida nos banhe e o nosso ser eleve!
D.V.
21/21
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