ÚLTIMOS MOMENTOS.
Segue o homem,
dando passo no escuro,
seu coração é sua bússola,
seu destino uma aventura,
teu amor é um engano
é muro de pedra dura.
teus olhos miram além,
quer da roseira,
a flor mais bela,
os espinhos furam lentos,
só por ele ser mais velho.
Chora o homem, coitado,
está um caco,
seus olhos é seu retrato,
quase venceu a noite
navegando feito um louco
enxugando suas lágrimas.
Está flor é o teu leme,
que impulsiona os teus passos,
vai o homem neste escuro,
nesta noite quente e vasta,
tropeça nos sentimentos,
nas teias se embaraça.
E por tanto a flor amar,
passa a noite a sussurrar
em silêncio o nome dela,
e quando é madrugada,
da janela emite um grito,
que desperta o infinito
onde será sua morada.
Morre então o homem,
com o silêncio da amada,
que é de todas as espetadas,
a que lhe tirou a vida,
cai sem ar, sem energia,
da a ultima fungada,
pronuncia o nome dela,
com a voz entrecortada.
Ao tentar dizer seu nome,
quer dar o chapéu na morte,
mas são tantos os espinhos
cravando o coração forte,
sangra por todas as partes,
se perdeu na caminhada,
e gritando sua amada,
entrega seu corpo a morte...