O Meu Dia

O Meu Dia

A Manhã

Pela manhã caminhando

Em frente da baía,

No areal gaivotas em bando

Por ali iam debicando,

E nada as distraía!

Águas mansas e serenas.

Que as rochas limpam

Com as suas vagas amenas,

Suavemente e apenas

As penedias alisam!

A tarde

Na tarde se aventura

E Lisboa reviver,

Minha cidade minha doçura

Nem a noite te torna escura,

E há tanto para ver!

Passei por ti no Rossio

Onde fumegava a castanha assada,

Não há cheiro mais sadio

Que preencheu meu vazio,

Há muito da castanha afastada!

Continuei pela rua Augusta

De esplanadas repletas,

Vi o elevador de Santa Justa

E essa saudade que tanto custa,

Deixou minh’alma menos inquieta!

Passei pelo Martinho

Onde sempre fui bem acompanhado,

Desta vez estava sozinho

Ainda assim bebi um fininho,

Relembrando o passado!

Cheguei ao Cais das Colunas

Vi partir barcos para a outra banda,

Ali se ergueram por vezes tribunas

Quantas vezes inoportunas!

Mas era a vontade de quem manda!

Vi os eléctricos amarelos

Do meu tempo de menino,

Não estabeleço paralelos

A estes veículos sempre singelos,

Que me habituei a ver desde pequenino!

Casmil, 11.10.2021

CasMil
Enviado por CasMil em 13/10/2021
Código do texto: T7362906
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