Cômodo do medo

No cômodo do medo

Domado e mudo

E amado em arremedo

O passado de posses

E promessas,

Agora, são lentos passos

Mesmo o primado,

Também incômodo,

É reprimido e desarmado

O milho se tornou pipoca

O espelho desfoca

Tudo está velho e sufoca

E assim, o propósito

De todo decrépito

Vai-se ao depósito

Esse cômodo é para todos

Que, de algum modo,

Chegam ao pódio.

rimedor
Enviado por rimedor em 15/10/2021
Código do texto: T7364507
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